Os biocombustíveis são parte importante das estratégias de transição energética de países do mundo todo. Com a certeza de que os combustíveis fósseis precisarão ser abandonados em futuro próximo, em razão dos prejuízos ambientais (aquecimento global, mudança climática, chuva ácida) e sociais (doenças causadas pela poluição) que o uso deles promove, o biodiesel se apresenta como alternativa de fonte renovável, sustentável, que contribui, fortemente, com a redução de emissões veiculares e com a melhoria da saúde e da qualidade de vida da população. Em relação ao diesel, por exemplo (o combustível fóssil mais poluente que há depois do carvão e o mais consumido no Brasil), o biodiesel emite até 80% a menos de CO2 e não emite enxofre.
Em outubro de 2024, a Dual deu um importante passo no setor de energias renováveis com a inauguração da nossa planta de biodiesel em Pedra Preta, Mato Grosso. Com o foco em atender às rigorosas especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), investimos em tecnologia e em uma equipe especializada, capacitada para garantir a qualidade e a eficiência de nosso biodiesel, produzido a partir de múltiplas matérias-primas e com uma capacidade de produção de 244,8 mil m³/ano.
Logo após nossa entrada oficial no mercado de biodiesel, a Dual obteve o Selo Biocombustível Social, o que consolida o nosso compromisso com práticas sustentáveis e com o impacto positivo para a sociedade.
Neste ano de 2024, juntamente com biodiesel, começaremos a produzir Glicerina, que é um subproduto do biodiesel. Visualmente, ela se apresenta como um líquido viscoso, incolor, inodoro e higroscópico, com um sabor levemente adocicado. Solúvel em água e álcool, e insolúvel em éter e clorofórmio, ela, em sua forma pura, apresenta diversas aplicações industriais. Para exemplificar, nas indústrias químicas, pode ser usada na composição de cosméticos, detergentes, resinas, aditivos, tintas, vernizes, detergentes; nas indústrias farmacêuticas, pode ser usada em cápsulas, xaropes, pomadas; nas indústrias alimentícias, serve como conservante de bebidas e alimentos (refrigerantes, balas, bolos, carnes e rações). Além disso, nas indústrias tabagistas, pode ser usada para tornar as fibras do fumo mais resistentes e evitar o ressecamento das folhas. Por fim, a glicerina pode ser utilizada na fabricação de embalagens e para amaciar e aumentar a flexibilidade de fibras têxteis. No Brasil, atualmente, uma das mais recentes novidades de uso desse produto é na produção de propeno (uma resina obtida, até então, de derivados de petróleo), para fabricação de polipropileno, que possui diversas aplicações.